Série "Poesias e Devaneios", Nº 126
Era uma vez o Tempo,
Que passava lento, sem lamento.
Eu não via o movimento,
Deixei escapar o momento.
Tentei, foi pouco, eu sei,
Tentou mais, tentou, observei.
O tempo não vê, o tempo correr,
E quando se vê, já foi, sem poder.
Perdi tanto, sem perceber,
Querendo agora refazer.
Não adianta tentar mais,
Tempo não volta, nem por sinais.
Querer nulo, só que é tarde,
E o que foi, não se retarde.
Tentar voltar, e não querer,
Nada adianta, só o viver.
Só agora, resta a lição,
De não perder, o tempo em vão.
Porque o tempo, o que já foi,
É passado, que já se foi.
Era uma vez o Tempo,
Que passava lento, sem lamento.
Eu não via o movimento,
Deixei escapar o momento.