Série "Poesias e Devaneios", Nº 128
Assim, te proponho, simples raciocínio, que te faça buscar outras formas de enxergar!
Nos teus olhos, tão lindos e belos, assim como és bela sua humildade, que é o que te mais falta.
Muito se propôs para entender a dor, e todas Sombra que nos circunda.
E supliquemos que cada um seja o que é, mas sobretudo não lhes falte a verdade.
Que seja sempre ministro de palavra e sindicante de boa-fé
Tal qual o topo, onde muito se observa os gigantes, e muito se inveja os fortes.
Me prosto em um vazio, que não se preenche de tanta coisa além de letras.
E ainda que digas sobre resiliência, algo sobre estoicismo ou frases soltas de Nietzsche
Eu lhe redarguo com mais franqueza, sendo fático e um tanto austero:
Que a vida não faz sentido! E o Tempo aqui nada pode curar!
Tal como bem disse, um dia disse o grande Shakespeare.:
"Sobre tua beleza então questiono, que há de sofrer do Tempo a dura prova"
E sobre minha aura eu mantenho, que há sim de ser o açoite de minhas escolhas.
De forma que não há culpados incorpóreos, que possam ser apontados.
Não há dedos para serem apontados, além de minha infinita arrogância.
Que hoje me é servida assada, em um delicioso banquete de consequências.
E não há de se dizer, em culpar Deus ou praguejar contra o Destino.
Pois a flecha do Tempo é ríspida e sagaz!
E nada de falar da cura, ou que realmente o "Tempo Cura"
Pois muitas ruínas hoje jazem assim, na falsa crença da cura indelével e polivalente do Tempo!
E que Ele por si só é carrasco da vida e algoz do viço.
Sem, contudo, jamais sentir, de si mesmo, pena!
Pois jamais vi algo selvagem sentir pena de si mesmo!
Um pássaro viverá uma vida plena, e cairá morto de um galho um dia!
E sem jamais um segundo sequer ter sentido pena de si mesmo!