quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Liberdade Poética, Passos Alados!

Série "Poesias e Devaneios", Nº 131

Não tão livre, há fronteiras,
Palavras voam, a vida é barreira.
Você me parece, tão bem assim,
Mas na sua alma, o peso do "fim".

O verbo dança, procura abrigo,
Mas a realidade é seu inimigo.
Rima que toca, mas não liberta,
A dor é sutil, mas sempre desperta.

Liberdade que flui, como uma corrente,
Sonho se quebra, Real é pungente.
Mesmo tão livre, a poesia é prisão,
Guarda verdades no seu coração.

Liberdade que dança na ponta da pena,
Escreve os sonhos, mas logo se acena.
Não tão livre assim, carrega a verdade,
Palavras são livres, mas não da realidade.

Palavras voam, mas têm direção,
São livres no som, presas na razão.
Criam universos, moldam destinos,
Mas não escapam dos traços divinos.

Então escreve, liberta o que há,
Tua poesia é reflexo do lugar.
Do ser que és, da vida que exprime,
Uma liberdade que nunca se define.

Não tão livre,  há fronteira,
Palavras voam, a vida é barreira.
Corre ao vento, seus fios dourados,
Desafiando os limites, passos alados!




"Seus olhos brilham com fogo e razão,
Cruzando fronteiras, sem hesitação"


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