"Reflexões Pessoais", Nº 6
“A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais.”
(A. Schopenhauer)
Penso que é bastante prudente temer as supostas felicidades
intensas, plenas e repentinas, pois a experiência tem nos mostrado que a total
entrega à supostas situações estáveis precedem nefastas decepções.
Penso ainda que não devemos nunca nos desacostumar à solidão, ao sofrimento (moderado), à épocas
e situações ruins.
Assim como o guerreiro nunca desacostuma à guerra, mesmo
vivendo em tempo de paz, quem já vivenciou situações extremas, situações
negras, nebulosas e negativas, simplesmente não pode se dar ao luxo de querer
achar que tudo simplesmente está pela ordem apenas por que as circunstancias indicam
que está. Não!
Assim como o soldado acostumado com a pior das guerras, ele
nunca mais irá ficar tranquilo, não totalmente, com a amenidade de um jardim lívido
de flores. Nunca que irá encaixar em seu espirito um estado de felicidade
plena, pois ele sabe que ela não é possível em um mundo real.
A Solidão é definida pela maioria das pessoas como um
sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e
isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou
querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se
isola, por que os seus sentimentos
precisam de algo novo que as transforme.
Mas eu digo que essa seria uma definição muito medíocre de
solidão. Ela pode e deve ser útil pra si mesmo, e a solidão nunca pode nos
abandonar. Ele deve nos acompanhar por toda a vida, sempre, SEMPRE deveremos
estar com o pé atrás em relação a qualquer tipo de felicidade, alegria ou
qualquer outro sentimento positivo de natureza inebriante.
Que fique claro que sejam os sentimentos de natureza
inebriante os que devem ser colocados em zona de dúvida. Pois a alegria autossuficiente
de conquistas pessoais, aquela que surgem ao ser visualizados os resultados de
nosso desenvolvimento pessoal, essa não deve ser questionada ou desmerecida sua
legitimidade. Essa seria a mais profunda e puro forma de satisfação pessoa.
Mas a felicidade sentimental, amorosa, ela sim me dá medo,
pois são variáveis que eu não controlo, não posso prever, o ser humano por si
só já é instável e imprevisível, tenho muito medo de simplesmente jogar nos
braços de outrem minha razão de ser feliz.
Lógico que pra um apaixonado isso é apenas suposição filosófica, nada mais importa. Mas pra falar como apaixonado deverei abandonar
meu ponto de vista niilista e adotar a paixão sanguínea e profunda,
simplesmente, aquele sentimento que colocamos nossa felicidade na mão de outra
pessoa, onde temos a impressão de que o universo está invadindo nosso coração,
veja bem o universo INTEIRO no coração, como se fosse explodir, mas não
explode, ele se expande como numa expansão cósmica de nosso amor, que parece e
É realmente único.
Mas acredito que há muita água pra rolar ainda. Veremos.
meu deus isso é tão triste e profundo!
ResponderExcluirKi bons ventos te levem pra onde a felicidade te abrace <3
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