"Cartas Perdidas", Nº 7
Sarandi/PR - 04 de Setembro de 1996
Estive ausente. Por muito tempo!
Uma carta só e nada, nada mais, nenhum sinal, e simplesmente
tudo é misterioso, tudo. Nada sabe sobre mim, sobre o que sinto. Não existirá
maneira fácil pra dizer, mas saiba que não estou tão ausente assim, ainda continuo
te vendo, te admirando, te almejando!
De maneira nenhuma se sinta constrangida, ou perseguida,
nunca! Não é bem por ai o que eu pretendo te passar. Saiba que é tão estranho
eu tentar transmitir o que sinto, mas de certa forma nunca consigo transmitir
da maneira certa.
Estive realmente ausente, mas apenas nas palavras! Meus
sentimentos e pensamentos nunca se ausentaram dessa ilusão gostosa e fantasiosa
nem um segundo, nunca! É algo extremamente improvável, mas não menos real e
plausível!
Ainda continuo notando em você um olhar vazio, distante, e
perdido. Eu sinto que você está triste, está procurando uma baliza em tua vida,
que ainda não foi achada. Eu talvez esteja tão enganado quando for possível,
mas também possa estar certo. Nada mudou em mim, nenhum milímetro de pensamento
e sentimento, é evidente.
Não será algo tão difícil assim de se constatar, mas saiba
que nada mudou.
"Besteira é pensar que ausência seria traduzida como desinteresse"
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