Série "Reflexões Pessoais", Nº 10
Não serei utópico, a ponto de pensar que tudo será mil e uma maravilha, um mar de rosas.
A decisão deve ser tomada conscientemente, decidida na plenitude de livre-arbítrio. Sei que isso é duro, porque sendo assim, ninguém tem direito à culpa e a culpa é o abrandamento dos abatidos.
Devo ter ciência que tempos ruins virão, serão noites tortuosas e dias fugazes. A morte do ego será bastante necessária pelos dias que virão, os espelhos irão se tornar seus piores inimigos, bem como esses malditos sonhos que insistem em martelar-nos esses fantasmas nocivos.
Ora, seria muito fácil permanecer na tal zona de conforto, e cada vez mais me afundar nesse mar lamacento de ilusões imbecis, e de quebra levar outras pessoas no processo. Mas não, conforme diversas dúvidas, essa em particular, e me começa logo a surgirem respostas, ao menos um caminho possível.
"Como um fantasma que se refugia na solidão da natureza morta", dizia Augusto dos Anjos. Solidão é fardo, solitude é virtude. E são virtudes verdadeira que busco incessantemente! Em busca da verdadeira Paz, do engrandecimento pessoal, tanto físico como psicológico. Sim, é o que tenho buscado. Não estou em paz, e venho arrastando meus dias, tempo após tempo, me ferindo sem necessidade.
O que fazer quando se há uma teia de situações, te envolvendo a ponto de te imobilizar, como uma teia de uma aranha asquerosa e repugnante, pronto a te devorar como uma fera selvagem? É minha vida, a fera bestial faminta por minha alma, que vai se esvaindo cada vez mais.
Mas só queria realmente saber o momento certeiro. Enquanto isso, vou vivendo uma utopia. Só em sonhos doces, claros, porque os amargos na verdade não são sonho, são a realidade.
"Ah! Dentro de toda a alma existe a prova, De que a dor como um dardo se renova, Quando o prazer barbaramente a ataca."
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