"Cartas Perdidas", Nº 18
São Paulo/SP - 7 de agosto de 1998
Oi, queria te dizer que, na verdade eu sinto na obrigação de
te escrever. Mesmo estando chovendo.
Eu sinto de certa forma saudades de você. É tão longe mas na
verdade a nossa distância não se resume só a distância física.
É, realmente você consegue se lembrar de alguma coisa? O
vinho embriagou suas lembranças? Consegue se lembrar de cada palavra? Olha,
pensa bem, isso é complicado. O milênio se aproxima tão rápido quanto tudo
passa. Eu tenho medo dessa passagem rápida do tempo, meu amor, tenho medo da passagem
tudo.
Tenho medo de que tudo fique por assim, mas eu queria saber
como eu dizer, pois 500 quilômetro não são suficientes pra isso. Eu nem ligo
pra nada, nem mesmo pra essa chuva que vai de forma tão despretensiosa.
Fico aqui voltando a fita toda hora e escutando a mesma
música, isso não vai mudar, nem ligo. É impossível eu sei, mentir que nunca te
amei, que foi um sonho e acabou.
Mas não, eu lhe amei em todos os momentos que eu acho que
somos conectados, e presumo que desde a vista primeira nossa.
Eu te amo e vou lhe batalhar em casa sorriso e sentimento,
isso não me duvide. Estou aqui, nessa cidade tão grande, tão cheia de pessoas,
mas tão vazia de você.
Te amo. Acho que, sempre amei você. Te beijaria até debaixo dessa chuva toda.
"Te beijaria até debaixo dessa chuva toda"
Tão cercado de tudo, tão ausente daquela única companhia...
ResponderExcluirObrigado! Isso é a mesmice que nos é destinada.
ResponderExcluirSeja verdadeiro com quem te ama , e essa mesmice não terá mas, lembre-se a verdade machuca ,mas a mentira destrói aos poucos .
ResponderExcluir"Seja verdadeiro com quem te ama , e essa mesmice não terá mas, lembre-se a verdade machuca ,mas a mentira destrói aos poucos ."
ResponderExcluirBom dia Anônimo, primeiramente se identifique, em segundo, lhe afirmo que os fatos, datas e acontecimentos narrados pelas cartas perdidas não dizem absolutamente nada sobre a vida pessoal do autor do blog.
#paz