sábado, 15 de outubro de 2016

Carta: "Pra não dizer outra coisa"

Série "Cartas Perdidas", Nº 21


Hospital São Vicente de Paulo, Rio de Janeiro/RJ
12 de Setembro de 2004



Não sei quem você consegue ser na minha mente, porque a existência é condicionada ao que a pessoa nos representa, isso não muda a fato que tudo tenta ser no que a gente entende.

Você simplesmente entrou e pulou na minha vida, é coisa impossível e infactível.

Você infelizmente entrou sim em minha mente, e fatalmente em meu coração, e em uma intensidade que não deveria ter sido.

Odeio ter que chegar ao ponto de escrever. Materializando uma ideia que já nasceu estranha, mas o provérbio é bem claro: Verba volant, scripta manent.

Ao materializar isso, deixo claro muita coisa.

Suas opções? Não é questão de opção nem de opinar, mas eu já entendi essa questão de “opinar” por assim dizer.

E eu também não sei se foi realmente a primeira carta. Talvez já devo ter escrito outras, para em seguida amassar e jogar fora.

Talvez eu tenha descartado porque tinha vícios de linguagem, vícios de concordância e vícios de uma coisa que eu nunca poderia tentar transmitir de forma correta. Isso está tudo errado.

Pode me achar distante e iludido, mas não estou tão longe, estou quase cara a cara. E não sou fraco assim, apesar de você me tornar mais ameno.

Sendo claro, eu te quero, e muito. Pra não dizer outra coisa.


"Tão perto, não importa quão longe, Não poderia ser muito mais vindo do coração"



2 comentários:

  1. O coração, por vezes, aproxima-nos muito mais do que deveria daquilo que parte de nossa mente..

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  2. Por mais distante que eu pareça estar, eu to pensando em você...

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