"Poesias e Devaneios", Nº 2
Abri a porta do guarda roupas e pude constatar algo: muitos
cabides, todos vazios. Só.
Nenhuma peça de roupa, nada, a tudo vazio.
Engraçado que isso parece tão trivial, mas há muito mais
significado nessa situação do que podemos imaginar.
Não há mais nada, tudo foi retirado, todas aquelas
camisetas brancas, aquela jaqueta de couro surrada, aquelas blusas coloridas,
aquele vestido que a deixava tão sexy, nada disso mais existe nesse guarda
roupas velho.
Os cabides ficam soltos na trave, que ao bater uns nos
outros, me causam uma impressão estranha e melancólica.
Talvez eu esteja interpretando como uma grande metáfora.
O guarda roupas na verdade é a vida que levo, onde de repente tudo ficou vazio.
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