Série "Poesias e Devaneios", Nº 8
Quem é aquela menina? Eu me pergunto isso todos os dias e até agora eu não soube a resposta...
Agora e sempre eu a vejo. Em situações insólitas. A vejo em alguns cantos escuros, na janela da casa dela, as vezes sentada à beira do passeio. Sempre a noite, pois não me tem surgido muitas oportunidades. E todas as vezes que eu a vejo eu me sinto balançado. E não é um balanço extremo e avassalador.
Não posso afirmar uma suposta paixão que basicamente não existe, apesar de não poder negar também.
É algo bem efêmero, fraquinho, mas na verdade eu não posso usar a palavra "efêmero" nesse contexto, pois é algo que está lá no fundo.
Gostaria mesmo de saber quem realmente é ela. Seus olhos negros exalam uma aura indecifrável. Ela é totalmente indecifrável, sendo construído por mim duas imagens paralelamente, uma nefasta e outra extremamente doce.
E ela está bem mais próxima de mim do que um suposto e desnecessário sofrimento lúgubre, e inútil, ao mesmo tempo está mais longe que a suposta e inacessível felicidade radiante, tal que não volta, onde ficou impregnada há cinco anos atrás, sendo que é lá que eu a deixei.
Mas provavelmente a conclusão mais óbvia que eu posso chegar no momento é que: ela não existe, nunca existiu! Provavelmente é mais uma "quimera" feita pela minha mente e meu coração vilipendiado.
Mas existe de fato uma menina, ela é tema desses versos (desconexos, não?).
Ela é tão real quando eu, o que desconfio ser inverdade é o que diz meu coração: que por trás de uma rede de intrigas, inimizades e ódio, e se eu souber me livrar de toda uma carga que me foi impingida, onde durante muito tempo, ao lado daquilo que me pareceria certo mas não era, foram me ampliando o quão nefasta e desonesta era ela.
Eu posso e deve ter sido enganado todo esse tempo, e ela não é nada disso!
E ela é a garota que a forma exata do seu olhar mostra, a garota doce, cheia de energia vital, apaixonada e com o coração mole. Tão flamejante quanto eu!
Ela é esse alguém que eu amo e odeio ao mesmo tempo, amo por querer incessantemente envolver meus braços na sua cintura, e beijá-la com força e vigor, lhe tirando o fôlego, fazer ruborizar seu rosto, fazer correr seu sangue rapidamente pelas suas veias... E a odeio pelo mesmo motivo.
("E o vento que venta vestido e cabelos só pra te revelar")
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