Série "Reflexões Pessoais", Nº 13
Os sonhos ruins não serão escritos. Assim como as
experiências negativas, não quero reviver os sonhos ruins através de anotações.
Infelizmente, assim como gosto amargo de um remédio, esses sonhos me servirão
de alerta, de presságio ou mesmo me mostrará cenários totalmente utópicos.
É sabido, pois ultimamente me ocorre um sentimento estranho
que simplesmente não deveria estar aqui. Que volta com uma força profética. Isso
é estranho, pois simplesmente não deveria estar aqui.
Sonhos ruins sempre nos mostram lugares estranhos que nunca
visitamos, porém são extremamente familiares, praticamente um deja-vú elevado
ao cubo. São sentimentos e sensações realmente vívidas.
É importante ressaltar que por “sonho ruim” não estou
falando exatamente de pesadelos que envolvem monstros ou coisas horripilantes,
não mesmo, longe disso. Um pesadelo com um monstro é muito mais fácil de lidar,
pois sabidamente eles não existem, voltando para a realidade num susto, logo
vem o alívio.
Esse sonho ruim consiste basicamente na visão geral de um
cenário criado por mim em minha vida real, principalmente por causa de escolhas
erradas e impensadas. São aqueles sentimentos que estão represados no
dia-a-dia, que irrompem bruscamente no sonho, e aí você vê a falta de controle
que você tem de si mesmo!
Particularmente eu já quase perdi a capacidade de chorar na
vida real, de forma que todos os anseios ficam represados assim. Mas não nos
sonhos, lá não existem amarras ou austeridade emocional. Simplesmente desabamos
em “lágrimas” virtuais (as vezes elas são até reais, quando percebemos que o
travesseiro está todo molhado) choramos copiosamente, sem limite ou pudor, pois
é o NOSSO universo, não seremos julgamos por ninguém, a não ser por nossa própria
consciência.
E interessante é não saber nada sobre outras pessoas, e
dessa forma nossa consciência tentará emular a mente de terceiros, gerando
todos os cenários possíveis de possíveis reações por parte da pessoa.
Infelizmente é uma experiência triste, pois quando vivenciamos o cenário
utópico, vemos que estamos perdendo tempo na vida real e não correr atrás, e
quando vêm o distópicos, vemos que a possibilidade real da perda é iminente, e
percebemos que apesar daquela ilusão, dentro de nós nada mudou, NUNCA.
"São tempos sombrios, não há como negar. É a hora de decidir se devemos fazer o que é fácil ou o que é certo."