"Poesias e Devaneios", Nº 30
Não podemos ver, nem sentir,
Não podemos cheirar, não podemos ouvir.
Está sob as colinas e além das estrelas,
Fossas vazias - ele vai preenchê-las.
De corações antes cheios, que de amor esvaziara-las
De tudo vem antes e vem em seguida,
De cada espaço que do nada volta ao nada
De cada doçura e a beleza que se abandonam
Ele é a coisa que dizima tudo
As árvores, antes verdes, que se postam secas
Aço, ferro, da mais dura joia
E a mais dura das pedra por ele é macerada
Das maiores cidades de outrora
Dos menores devaneios dentro de si
De cada pedaço do caminho que você passou
E a alta montanha faz um campo, plano, nunca existiu
Se você um dia me disse, que não o sente passar
Ele passou, mas continua
Pois tudo no mundo é efêmero
Exceto ele, Tempo, senhor de Tudo
Pois por um só dia apenas nós existimos
Do sorriso finda na morte, é o fim da vida
"E nada, contra a foice de tempo, pode fazer defesa, salvo teus filhos,
os quais permanecem, quando o tempo te leva daqui."
Belo texto, realmente tudo é efêmero, as pessoas.
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