sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Epifania

"Poesias e Devaneios", Nº 49



Sonhei.

E foi lá que eu encontrei.
Tudo que precisava.
O amor perfeito, da alma ao corpo
Do som do vento.
O lugar mais belo.
Campos verdes e cachoeira.
Cheiro doce.
Cabelos soltos, grandes compridos.
O passado nostálgico e grande futuro.
Era ela e alguém que existe.
Mas não existe por que insiste.
Assim foi eu, o herói do tempo.
Fui vencedor, senti a satisfação.
Orgasmo da vitória. Proficiência da vida.
Amores vencidos e vitórias ganhadas.
Uma árvore, uma sombra, uma vista.
Você, eu, quem?
Quem é você? Quem fui eu?
Onde foi isso? Como voltar?
Tudo perfeito e sincronizado
Encontrei. Venci.
Tudo.

Sonhei.

"Você é mais especial do que um diamante que brilha no sol e do que o ouro embaixo do oceano."


quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

A falácia dos melhores anos, ou "Na minha época era bem melhor"

"Reflexões Pessoais", Nº 30



Em numerosos contextos e discursos um recurso falacioso vem sendo utilizado: o postulado de que “os anos 70/80/90/2000 eram melhores que atualmente”.
Tão profundo quanto uma poça d’água.

Se trata apenas de uma nostalgia, que em nada apresenta fatos que corrobore com tais afirmações. Se eu tivesse perguntado ao meu avô (caso vivo estivesse), ele diria que os melhores anos foram os 50. Perguntando aos meu pais, dirão os 70/80. Eu achava os 90. Meus filhos, caso vierem a existir em médio prazo, certamente considerarão os anos 2020 ou 2030 melhores.

Podemos perceber que sempre existe um padrão em tais falácias. Normalmente as melhores décadas sãos as que o interlocutor tinha entre 16 a 25 anos, mesmo que naquela época ele não pensasse assim. Você tem 25 anos, provavelmente quando tiver seus 40 ou 50 dirá aos seus filhos e netos que época boa era a de 2018! 

Mas não se preocupe! Quase todos temos essa visão, pois a melhor época de nossas vidas é quando temos menos problemas, quando somos mais idealistas e menos realistas. Um exemplo: hoje em dia você pode receber um salário 10 vezes maior do que ganhara quando tinha seus 17 anos, mas aos 17 pode ter sido sua melhor época. Posso ganhar na loteria e ficar milionário aos 40. Mas mesmo assim, para meus netos direi: "Oh! Época boa era os anos 90".

Só que basta uma análise fria pra toda essa fantasia desmoronar: Nos anos 50/60 garotas de 12 anos se casavam. Garotos de 12 tinham que cortar lenha e carregar baldes d’água na cabeça pra tomar banho. Não existia erotização das crianças, não mesmo: o que existia era procriação. Nossas avós eram mães com 13, 14 anos (era outra época). Como pode nossas avós virem e dizerem que “as crianças de hoje estão perdidas?” 

Concordo que a educação atual enviesou tão violentamente para um espectro ideológico específico que hoje as escolas não passam de fábricas de analfabetos. Antigamente os analfabetos eram feitos em casa, sem gastar recurso algum dos impostos. Sendo assim, piorou.

Mas não podemos e nem devemos generalizar. Senão fosse as escolas, mesmo com seu péssimo ensino, muitos aqui estariam plantando milho sem sequer saber assinar o próprio nome. A educação é ruim? É. Mas é bem melhor do que a dos anos 70.
Eu não acho que nossos adolescentes estão piores do que os dos anos 90. Contudo agora com essa era de informações instantâneas, acabamos tendo mais conhecimento das tolices e ingenuidades desta geração de modo instantâneo. 

Eu nos meus 11 anos matava passarinho com um estilingue, e hoje, não vejo uma criança da mesma idade fazendo algo assim. As besteiras que fazem mudaram, mas são as mesmas besteiras e traquinagens que toda criança fez em toda a história.
Na minha época brincava-se de “salada mista”. Então quando vejo um pré-adolescente dizendo que quer “dar uns pega” na amiguinha, não consigo ver diferença alguma. Hoje em dia essa galera tem acesso a sites pornográficos no conforto de suas mãos (literalmente) não vejo diferença alguma quando em meus 12-13 anos juntava com os amigos da mesma idade pra fazer vaquinha e pedir um maior pra alugar um daqueles “VHS proibidos”. Tão pueril quanto natural essa curiosidade de moleque.

Outra falácia é que os antigos viviam de forma mais saudáveis do que hoje em dia, que se come tudo industrializado. Basta analisar a expectativa de vida das pessoas, que só aumenta a cada geração. Isso sem falar da altura física, que também está aumentando.

As pessoas das antigas viviam pouco, no máximo chegavam aos 60 anos, e hoje a pessoa com 60 está como se tivesse aos 45 ou 50. Só reparar que o presidente eleito Jair Bolsonaro já é um “sessentão”, se recuperou de uma facada, e está aí firme, forte. Dizem que a média atual hoje é de 70 a 75 anos, mas eu mesmo vejo essa média até mais alta, a expectativa média de vida humana hoje já pode ser considerada entre 80 e 85 anos. E isso como o passar das gerações e dos avanços tecnológicos na saúde só tende a aumentar. 

Daqui algumas gerações, será comum convivermos com gente centenária. Eu mesmo acredito que chegarei lá.

 Tudo é cíclico, e de certa forma vivenciamos muitas coisas que foram vivenciadas há mais de duas décadas. Ainda continuo tendo enorme carinho pelos anos 90, mas sempre vigilante quanto a torpe lente da nostalgia.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Carta: "Embora isso não diga nada."

"Cartas Perdidas", Nº 29


Porto União/SC, 27 de Maio de 1998

Embora isso não diga nada, você nunca foi substituída!

Isso é fato, mas isso não diminui a magoa que existe entre nos e foi difícil de a gente poder digerir. A questão é que você sempre achou e pensou muitas coisas, factoides, a principal delas é um conto que “eu te substituí", mas isso não e verdade, e vou explicar.

Você e uma pessoa bastante complicada e cheio de ideias conspiracionistas, mas a questão é que eu nunca fiz jus a toda essa paranoia maluca!

Eu te odiei demais, e ainda te odeio, por todos esses boatos. Eu te magoei, mas você também me magoou de uma forma inversamente proporcional. Nenhum ódio foi gratuito, eu te odiei da mesma forma que te amei.

Então você acha que eu me reconstruí, e existe outra pessoa na minha vida, que eu já tenho filhos, e que minha vida se refez... E de fato não há. Nunca houve!

Você é algo que não é você mas algo da minha cabeça. Representa meus medos e desejos. Você não é você nos meus sonhos, é uma imagem que eu projeto.

Eu nunca te substituí! Seu lugar ainda está aqui, nunca deixará de ser seu!

Embora isso não diga nada.

"Talvez bastasse respirar
Só respirar um pouco
Até recuperar cada batimento
E não procurar o momento
De ir embora"






sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Houve tempos

"Poesias e Devaneios", Nº 48


Houve tempos em que passava na praça
Te via no fundo de uma galeria
Sentada em uma mesa branca metálica
Tomando milk-shake de baunilha

Houve tempos em que no mundo rodava
Aprendia um idioma estranho
Conhecia um país inexistente
Só pra tentar te achar

Houve tempos em que te temia
Em que você não era luz
Era sombra e pura treva
Que me perseguia com maus intentos

Houve tempos em que você se transmutava
Se transformava em qualquer outra pessoa
Se fluía em si e sua aparência
Para então tua beleza abandonar

Houve tempos em que eu flutuava
Voava naturalmente como um pássaro
Para em cima do telhado pousar
E de você me esconder

Houve tempos em que meu mundo era mais simples
Era cristalino cor de diamante
Junto com ti tudo cristalino
Assim adveio enorme turbidez

Houve tempos em que na minha casa você morava
E minha casa era sua
Somente sua e nunca minha
E eu era visitante ou invasor

Houve tempos em que eu chorava
De ódio por você eu me contorcia
Te odiava por sua existência
E mil lagrimas minha face escorria

Houve tempos em que eu te amava
Em que você também me amava
Onde tudo isso era fato
Onde natural tudo seguia

Houve tempos em que esse mundo
Não convergia com o mundo dos sonhos

Houve tempos em que meus sonhos
Não eram mais reais que a realidade
Que hoje a vida vivida
Se confunde com a vida sonhada

Houve tempos em que
Saudade não era tangível
Não como hoje
Não como agora


A Esperança não murcha, ela não cansa, 
Também como ela não sucumbe a Crença, 
Vão-se sonhos nas asas da Descrença, 
Voltam sonhos nas asas da Esperança.


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Saudade, e não devida

"Poesias e Devaneios", Nº 47


Saudade, e não devida
Não devida mesmo

Te vejo nos sonhos
Te vejo na rua
Te vi na esquina

Você não existe
Você resiste
Você me assiste

Eu vejo você
Eu sinto você
Eu sei de você

Talvez bastasse respirar
Talvez bastasse saber
Talvez bastasse entender

Somos cacos
Somos restos
Somos ruínas

Você é você
Você nunca saiu
Você nunca se foi

A gente se odeia
A gente se ama
A gente se perde

Porque não pode ser um hábito
Porque não pode ser um vício
Porque não pode ser um "porquê"?

Aquelas palavras que não usamos nunca
Aquelas palavras que não vamos usar
Aquelas palavras que temos medo

Eu te amo 
Eu não sei
Eu não tenho certeza

Não sabemos se é bem isso
Não sabemos se um é o outro
Não sabemos o que sente o outro

Seu lugar nunca foi substituído
Seu lugar continua o seu
Seu lugar está aqui

Saudade, e não devida
Não devida mesmo

"Quem pensa que a distância faz esquecer, esquece que a saudade faz lembrar."



sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Carta: "Eu te amei, você me amou"

"Cartas Perdidas", Nº 28



Divinópolis/MG - 12 de Janeiro de 2002


Você nunca foi substituída.

Isso é fato, mas isso não diminui a magoa que existe entre nos e foi difícil da gente poder digerir. A questão é que você sempre achou muitas coisas, factoides.

Eu te amei, você me amou.

Fomos cada um seguindo um caminho muito distante um do outro. Diria até que a distância física seja menor ainda que a distancia sentimental.

Foste você uma pessoa bastante complicada e cheio de ideias idealistas e irreais, uma legítima adolescente de trinta anos, mas a questão é que eu nunca fiz jus a toda essa paranoia maluca!

Eu te odiei demais, e ainda te odeio, por tudo que houve. Aquele abajur quebrado, sei que não queria me acertar. Mesmo que quisesse, você nunca foi muito boa de mira mesmo, a não ser a flecha que alvejou meu coração, bem no centro!

Eu te magoei, mas você também me magoou de uma forma inversamente proporcional. Nenhum ódio foi gratuito, eu te odiei da mesma forma que te amei, e ódio por amor, ambos se completam!

Então você acha que eu me reconstruí, e existe outra pessoa na minha vida, e de fato não há. Nunca houve! Nunca terá de haver! Nem mesmo na minha e nem na sua.

Que todo o sofrimento se conversa na alegria, que toda lágrima se converta em gotas de chuva no rosto naqueles dias onde se implora por refresco do tempo.

Eu nunca te substituí! Seu lugar ainda está aqui, nunca foi embora!

Embora isso não diga nada. Nem queira dizer ou ser indulgente. 

Jusqu'à un jour ou une autre vie!

Eu te amei, você me amou.

"E nas vielas todas da cidade, sempre há um amor, uma dor, uma maldade, uma loucura, um pecado, uma solidão, e uma saudade, sempre há."


terça-feira, 18 de setembro de 2018

Ela é Ela, sempre foi Ela! (Gabriela)

"Poesias e Devaneios", Nº 46


Olhos carmim
Noite sem luz
Face sem rir
Frase bom fim
Sabe sorrir
Sabe amar
Tem seu tesouro
Sua pepita
Pedaço de ouro
Pequena Moça
Vida a seguir
Ama sem fim
Dia após dia
Sabe somar
Cada dia após
Sabe Lutar
Olha pra frente
Sem relembrar
Olha pra trás
Sem ressentir
Pinta sua vida
Tinta na Tela
Ela é ela
Sempre foi Ela! (Gabriela)

"olhos carmim, noite sem luz"

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Eclipse

"Poesias e Devaneios", Nº 45


Nada é como antes
Nunca é
O sol deu umas duas voltas, ou três, 
queimou suas costas ou seu rosto?

Tudo mudou, nada mudou
Tudo segue, nada segue
Eclipsou

Uma vida pra poder viver três
a gente pensa, pensa muito

Nunca pensa, sempre pensa, 
mas nunca para pra pensar
mas para sempre pra chorar

Eu fui embora, e fui mesmo
Mas nunca fui, contudo fui sim
Me diz por que fui?
E por que você não impediu?

Fui por que quis, e quis eu mesmo
A gente fez por merecer
E pensa nunca merecer
Merecemos o desmerecimento

Você tem, como seu ser
Eu sei a minha forma de existir
Eu sei a minha forma de tentar
Tentamos igual ser felizes

No amor
Na dor
Na esperança
No tentar
No errar

Eu pensei que você era você
Você pensou que eu eu não era eu
Você pensou que eu ia relevar
Você pensou que eu ia aceitar

A gente promete 
Promete prender
Um abraço eterno
Mas vem tudo
Tudo tapa tudo

Tudo é universo
Quasar e partícula
Imbecil eu saber
Que meu abraço eterno de prisão
Foi violado

Nenhum de nós dois sabe quem é um ao outro.
Um é Sol, outro Lua
Ambos somos o Eclipse

Há quem brilhe na segunda fila e se eclipse na primeira.




terça-feira, 7 de agosto de 2018

Carta: "Eu te Odeio porque te Amo!

"Cartas Perdidas", Nº 27


Salto Veloso/SC - 13 de Março de 1998


Vejo você, passo por você!

Eu finjo que não te vejo, toda vez que passo por você.

Eu acho que sou um bom ator, mas sou eu quem acho isso, talvez eu não seja de fato. Mas eu sei perfeitamente que você passa por mim, e toda vez que isso acontece, é como um “Tsunami” transpassando meu corpo, e é assim que eu sinto quando sei que seu olhar perfurou a minha existência.

Um dialeto épico e desnecessário, é assim, pode achar piegas, mas não é, sou uma muralha, sou uma pessoa grosseira como ponta de barranco, mas você é minha deriva de opinião!

Talvez a gente nunca chegue num consenso, e você, acho, tentou me encarar por alguns segundos. Percebi isso, sempre desvio o olhar, não tento encarar, pois és você como meu maior medo e desejo ao mesmo tempo, és como uma fera que devora minha alma ao imaginar que você é simplesmente um ser humano tão simples e efêmero como eu, pois tenho plena consciência da nossa finitude.

Somos eu e você, homem e mulher, plenamente compatíveis com a capacidade de nos implodir em um amor destruidor, mas inconscientes, de forma unilateral, no caso você, que isso existe.

Eu tenho medo de tentar entender que eu amo algo que eu nem entendo o que é, que é uma imagem que eu criei de você, mas você é uma pessoa de carne e osso, por isso eu acabo por amando você como pessoa, e a pessoa que é tão linda que me queima os olhos toda hora que eu resolvo te encarar. Por isso não encaro.

Mas não encaro por isso mesmo.

Eu te odeio por que te odeio, seu olhar me faz te amar, e te odiar! Mas te amo!

"Mas nem amanheceu você já me esqueceu
Mais uma vez você vai,leva um pedaço de mim"




quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Monstros que não existem

"Reflexões Pessoais", Nº 29



A modernidade criou uma sociedade ansiosa e neurótica, onde vivemos em uma constante corrida na qual não existe propósito no final dela. Não é por acaso que ensinamentos milenares de culturas do Oriente estão sendo espalhadas pelo Ocidente, pois a sociedade do Ocidente se encontra cada vez mais doente e vazia.

Hoje não conseguimos lidar com a ideia que o corpo físico morrerá, de que somos sozinhos, de que vivemos em um mundo idealizado por falsas crenças, de que somos insignificantes comparado com o Universo todo. 

Para viver uma existência tão insignificante o Ser humano idealiza esse conto de fadas onde o "Eu" está no centro, pois a ideia de que somos insignificantes e morreremos um dia, é considerada "pessimista" e radical, mesmo sendo a realidade. 

Acho que é de grande importância o homem tirar uns minutos do dia para refletir ou meditar, silenciar a mente e apenas "existir" pois dessa forma não se deixa a mente ociosa, refletimos sobre nossos objetivos, erros e analisamos nossas limitações, ou seja, um exercício de introspecção. 

Algo que percebo, principalmente em adolescentes e jovens adultos, é que suas mentes ociosas começam a teorizar sobre tudo e a criar monstros que nem existem, ao fazerem isso eles esquecem da máxima, que é silenciar a mente e buscar a paz de espírito, para poder lidar com todas as desilusões que acontecem no decorrer da vida.

Principalmente ao descobrirem como as coisas realmente são.

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." - João 8:32

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Canto da Fênix

"Poesias e Devaneios", Nº 44



Eu estou morrendo, e eu sei que  ainda ficará pior... eu lutei tanto até aqui que seria melhor morrer pra tentar de novo... 

E não importa quantas chances eu teria, não importa quantas vidas eu tivesse e até mesmo quantas vezes eu morresse...

Faria tudo de novo, no entanto... e assim será... eu estou virando cinzas pra depois me solidificar por completo... eu estou...

Saindo por baixo mas voltando por cima... uma questão de tempo, e eu sei disso... por isso, por mais que todos...

Tentem me colocar pra baixo e me fazer desistir, eu não o farei... eu irei até o fim, não importa como serão os caminhos...

Daqui pra frente... Voltarei pra vencer..

moriatur, et renascitur;


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Carta: "De fato 'Jamais' é uma palavra muito forte"

"Cartas Perdidas", Nº 26


Leipzig - Saxônia (Alemanha Oriental), 08 de Novembro de 1989

Eu sei que jamais irei falar com você!  Talvez a palavra “jamais” seja um pouco forte, talvez tudo isso implique, e uns rumores de tudo mudar, mas a possibilidade é pequena mesmo, e sempre foi, e se apequena bastante com cada passagem de segundos do relógio inclusive!

Eu acho que as coisas estão estranhas e vão mudar, mas eu amava você desde antes de isso mesmo existir, e isso é muito sério!

Acho também que seremos do mesmo país, talvez, mas não sei mesmo se isso é necessário, porque eu mesmo já te considero dentro do meu coração. O problema é você fazer o mesmo processo!

Você povoou meus sonhos, um que eu tive esses dias eu até anotei, mas outro eu esqueci, que foi há um ou dois dias, mas eu sei que você está habitando o lar do meu subconsciente, e isso é irrevogável!

Eu nem sei explicar direito, mas de fato, quem sabe ao certo? O que explicar? Argumentos? Inexistem!

Você é a minha eterna Hanna Schröder, e nem é quem eu imagino quem seja. Eu criei uma outra “Hanna Schröder" na minha mente, obviamente alguém que nem existe de fato. Mas eu acho que você é tão real quanto possível, é você mesma!

Enquanto você povoar meus sonhos, eu verei você, e vou imaginar você exatamente como você não é! E Enquanto isso cada um de nós vive nossa vida de uma forma totalmente natural, como o fluxo de um rio! A água corre, com força, cruza o destino, o fluxo.

Você provavelmente não é quem eu penso que é, pois o que eu tenho em mim é uma imagem utópica, mas é impossível não construir uma imagem de alguém que está construída em meus sonhos faz tempo.


"Du siehst mich an und triffst meinen Blick, und ich renne nur weg, aber dein Auge bleibt auf mir."