"Poesias e Devaneios", Nº 48
Houve tempos em que passava na praça
Te via no fundo de uma galeria
Sentada em uma mesa branca metálica
Tomando milk-shake de baunilha
Houve tempos em que no mundo rodava
Aprendia um idioma estranho
Conhecia um país inexistente
Só pra tentar te achar
Houve tempos em que te temia
Em que você não era luz
Era sombra e pura treva
Que me perseguia com maus intentos
Houve tempos em que você se transmutava
Se transformava em qualquer outra pessoa
Se fluía em si e sua aparência
Para então tua beleza abandonar
Houve tempos em que eu flutuava
Voava naturalmente como um pássaro
Para em cima do telhado pousar
E de você me esconder
Houve tempos em que meu mundo era mais simples
Era cristalino cor de diamante
Junto com ti tudo cristalino
Assim adveio enorme turbidez
Houve tempos em que na minha casa você morava
E minha casa era sua
Somente sua e nunca minha
E eu era visitante ou invasor
Houve tempos em que eu chorava
De ódio por você eu me contorcia
Te odiava por sua existência
E mil lagrimas minha face escorria
Houve tempos em que eu te amava
Em que você também me amava
Onde tudo isso era fato
Onde natural tudo seguia
Houve tempos em que esse mundo
Não convergia com o mundo dos sonhos
Houve tempos em que meus sonhos
Não eram mais reais que a realidade
Que hoje a vida vivida
Se confunde com a vida sonhada
Houve tempos em que
Saudade não era tangível
Não como hoje
Não como agora
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença,
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Belas palavras meu querido amigo, vc tem um dom, pessoa iluminada por deus...
ResponderExcluirLindo e quando dois olhares si cruzam e surge dois sorrisos,
ResponderExcluirAmar insiste qualquer tipo de explicação e não requer motivos para acontecer.
Lindo é quando dois olhares si cruzam e surge dois sorrisos,
ResponderExcluirAmar isente qualquer tipo de explicação e não requer motivos para acontecer!