"Poesias e Devaneios", Nº 74
A sede de beber a água
sucumbe a sede de beber você
Mas você secou a fonte
Que a fonte seja você mesma
O ar e a água secou
Igual sua boca como um vento
Secou tudo, sua boca
E sua alma, como secou!
Era você! E nem é mais
Uma imagem distante!
Parece um quadro!
Mosaico mal pintado!
E no final, a sede sumiu
E no final, ela nunca existiu!
A sede de beber a água
sucumbe a sede de beber você
Água da minha sede
Bebo na sua fonte
Sou peixe na sua rede
Pôr do sol no seu horizonte
Bebo na sua fonte
Sou peixe na sua rede
Pôr do sol no seu horizonte