domingo, 6 de fevereiro de 2022

Sede

Série "Poesias e Devaneios", Nº 74

A sede de beber a água
sucumbe a sede de beber você

Mas você secou a fonte
Que a fonte seja você mesma

O ar e a água secou
Igual sua boca como um vento

Secou tudo, sua boca
E sua alma, como secou!

Era você! E nem é mais
Uma imagem distante!

Parece um quadro!
Mosaico mal pintado!

E no final, a sede sumiu
E no final, ela nunca existiu!

A sede de beber a água
sucumbe a sede de beber você

Água da minha sede
Bebo na sua fonte
Sou peixe na sua rede
Pôr do sol no seu horizonte