Série "Poesias e Devaneios", Nº 106
Num mundo plástico e frágil, sem razão,
Um regador verde em mãos, de ação,
Regando uma planta, não floresce,
Na ilusão que a mente oferece!
A cidade dos planos quebradiços,
Ela busca escapar dos seus vícios,
Mas a fuga só a faz mais se perder,
Neste labirinto sem fim, a sofrer.
Com um homem de poliestireno em desalento,
Ele é apenas um eco do tempo, lamento,
Passado de promessas vazias,
Em um presente de ilusões frias.
Parece real, mas é só fachada,
Um amor de plástico em jornada,
Verdade é que dói, consome,
Ela busca algo que a nome.
A dor cresce como um vulcão,
Num ciclo de busca em vão,
Entre o plástico e a ilusão,
Ela se perde na contramão.
Pudesse ser quem busca, quem sonha,
Ela encontraria a verdade que ronha,
Mas presa na teia que ela mesma tece,
Perde-se em falsas promessas e prece.
Tempo passa e a angústia se avoluma,
Numa busca que a alma consome e pluma,
Entre o plástico e a borracha, ela dança,
Dança triste, sem esperança.
Num mundo plástico e frágil, sem razão,
Um regador verde em mãos, de ação,
Regando uma planta, não floresce,
Na ilusão que a mente oferece!
Por Thom Yorke
Quando se escreve com amor no que faz e com verdade, transmite esse sentimento de estar dentro do poema, como se eu já tivesse passado por isto ou conhecesse alguém assim, é o tipo de leitura que prende e te faz ler várias vezes. Parabéns!!!
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