segunda-feira, 27 de maio de 2024

Toda culpa é energia estagnada

Série "Poesias e Devaneios", Nº 110

Toda culpa é energia estagnada:
Não muda o passado e não molda o futuro

Culpa, sombra que não cede,
Energia presa em corrente,
Não altera o que já se foi,
Nem o que o amanhã pressente.

Desperdício de alma e mente,
Apegada ao passado sombrio,
Não temos tempo a perder,
Na prisão do arrependimento frio.

A vida é chama ardente,
Um fluxo constante a seguir,
Culpa é peso, fardo imenso,
Que impede a alma de evoluir.

Deixe-a ir, liberte-se agora,
Abrace o instante presente,
O passado é página virada,
O futuro, um livro eloquente.

Vivamos com plenitude,
Sem amarras do ontem a temer,
Cada segundo é precioso,
Um convite eterno a viver.

Toda culpa é energia estagnada:
Não muda o passado e não molda o futuro
Toda culpa é desperdício,
E não tempos tempo para desperdiçar!

Temos que viver!


"As convicções são inimigas mais perigosas
da verdade do que as mentiras."


domingo, 26 de maio de 2024

Mecânica Celeste Aplicada

Série "Poesias e Devaneios", Nº 109

O Sol vê tudo
Mas não conhece o amor
De uma garota
Que tem o dom de deslocar assim
A Lua de Netuno no ar

E quando a noite vem
E traz consigo a dor
O Sol se apaga
E só um sonho a faz lembrar que
A noite sempre vai ter fim

E eu aposto que ele nem sabe
Onde fica Erechim
E não sabe o que é
Sofrer de amor

Mas se é assim
Ele está condenado a vagar
Por lugares sem luar
Sem luar

Se essa cidade
Te faz querer voltar
E se é saudade
O que te leva para lá
É só sonhar que está em seu lugar

A pior coisa
Que Platão já inventou
Foi o amor
Que só traz solidão

Mas ela vai reencontrar
O chimarrão e a amizade
Num solstício de verão
De verão
De verão...

Por Vinicius Gageiro Marques (Yoñlu) - EM MEMÓRIA



"Uma sociedade onde sequer uma lágrima é derramada já é mais
médio do que a mente pode conhecer."
Yoñlu





sábado, 11 de maio de 2024

De Manhã, Tudo Acaba!

Série "Poesias e Devaneios", Nº 108

Pela manhã, chega!
Luz, fim da história,
Consigo, separação esperada,
Sempre sei, terminar, sei que vai terminar.

O ciclo inexorável se esvai,
Como um rio, falta de amor esvai,
Os sonhos desvanecem, as palavras se calam,
E o adeus ecoa no silêncio do peito.

Cada amanhecer é um lento desapego,
Um romper de laços e de promessas,
Mas também é o início de uma nova jornada,
O renascimento de almas, livres de amarras.

E assim seguimos, fim e recomeço,
Sonora dança, do sabor despedida,
Sabendo alvorecer, que seja um lembrete,
De que tudo um dia, desfazer despedida.

Pela manhã, chega!
Luz, fim da história,
Consigo, separação esperada,
Sempre sei, terminar, sei que vai terminar.


Nossas emoções tomaram novos caminhos,
O sentimento que uma vez existiu agora se
esvai em sombras distantes.


domingo, 5 de maio de 2024

Diana no Espaço

Série "Poesias e Devaneios", Nº 107

Vazio silente, no cosmos ela desliza, 
Solitária sonda, além da Terra e da Lua,
Entre astros distantes, sua jornada desliza, 
Experimentando a solidão, no espaço flutua.

Longe de companhia, navega, 
Silêncio absoluto, frio criogênico,  
Contemplando a beleza que o universo carrega,
Lua e Terra, visão que extasia.

Cenário deslumbrante, espaço infinito, 
Dança entre estrelas, em sua jornada, 
Experimentando o silêncio, o frio, o mito,
Mas também a poesia que a alma embala.

Brilho da Lua, azul Terra distante, 
Encontra a beleza que transcende a dor, 
Numa dança cósmica, num ballet constante, 
Solidão e a poesia que o espaço traz em flor.

Assim a sonda, segue destino, 
Testemunha silente do universo a brilhar, 
Vastidão do espaço, um pequeno hino, 
À beleza extrema, ninguém pode apagar.

Vazio silente, no cosmos ela desliza, 
Solitária sonda, além da Terra e da Lua,
Entre astros distantes, sua jornada desliza, 
Experimentando a solidão, no espaço flutua!




Artemis 1