"Poesias e Devaneios", Nº 133
Não existe o "pra sempre" além do próprio vazio,
Um eco que se perde em noites de solidão.
Promessas dissolvidas no breu do desvario,
Deixando só silêncio em meio à escuridão.
O Tempo, velho sábio, devora o que é eterno,
Transforma em pó as juras feitas com fervor.
Coração que outrora era, quente e também terno,
Agora só reside a sombra e o rancor.
O pra sempre é miragem, é um sonho fugaz,
Que a vida, com suas dores, insiste em desfazer.
A eternidade, por si só é, um momento audaz,
De acreditar que algo pode nunca morrer.
No vazio que sobra, há um novo alvorecer,
Uma ideia que se desmancha, mas outra vai florescer
E o que finda não morre, vai apenas renascer,
Pois o pra sempre, no fim de tudo, é viver e aprender
Não existe o "pra sempre" além do próprio vazio,
Um eco que se perde em noites de solidão.
Promessas dissolvidas no breu do desvario,
Deixando só silêncio em meio à escuridão.
Só se finda algo que não é verdadeiro. O que é real é eterno. Não surge nem questionamentos, nem indecisão, nem qualquer outra dúvida.
ResponderExcluirBasta a nós, saber reconhecer...