"Poesias e Devaneios", Nº 137
O oceano está frio, sem calor,
E eu fico aqui, sem muito a dizer,
O vento corta, sinto o rancor,
O frio cresce, difícil de entender.
Eu quero saber até onde vamos,
Reclamar e cobrar o que é nosso,
Daquela companhia, que nunca nos damos,
Por que aceitá-la, sendo um poço de desgosto?
O mar não mente, ele só avisa,
Que o tempo de espera está se esgotando,
E quem cala, quem finge que improvisa,
Está vendo o futuro desmoronando.
A maldita espera nos faz pensar,
Que o certo não é mais tão seguro,
Mas mesmo assim, continuamos a lutar,
No frio que nos envolve, ainda é puro.
O oceano, esse grande segredo,
Fala sem palavras, mas com força imensa,
E no fim, sabemos, é só o que ficou,
A luta pelo certo, por mais que o medo faça suspense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.