"Poesias e Devaneios", Nº 141
Você, que o tempo levou,
Tua sombra ficou.
O teu nome, vento soprou,
e a saudade ficou!
Riso brando, muito distante,
um eco preso, paira no ar.
Teu olhar doce e errante,
que não canso de buscar.
Horas giram sem pressa,
Na torre que tudo vê.
O tempo sempre atravessa,
mas não leva o que é de fé.
Vento, lembranças,
como folhas pelo chão.
E nelas dançam esperanças,
de um passado em vão.
Se a vida apaga pegadas,
como areia beira-mar,
por que nas noites caladas
teu abraço vem me achar?
Se o tempo apaga traços,
do que fomos um dia,
por que ainda nos meus braços
teu abraço é poesia?
Mas saudade pesa!
feito a brisa, não se vai.
Teu perfume, um jeito perfeito,
de prender no que já não cai.
Mesmo que tempo insista,
a te levar para tão longe,
tua voz na lembrança persista,
feito um sonho que me esconde.
Se a vida apaga pegadas,
como areia beira-mar,
por que nas noites caladas
teu abraço vem me achar?
Me sobra pouco assim
Apenas lembranças vãs
Mas uma sigla enfim
NEOQEAV
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