Série "Poesias e Devaneios", Nº 54
Te falta algo, mas esse algo, não me é necessário, não está vazia, o que te preenche agora, é outra coisa.
Quando eu te vi pera primeira vez, eras outra
Sair a caminhar pela ruas, sem rumo, para conhecer a cidade,
e fui parar rapidamente no vale no Anhangabaú, que onde vão parar todas as almas
e águas,
Olhei para esse mar e não conheci entre por que parte da
ponte tinha crianças dormindo na rua e la na parte de cima de prédios gigantes,
helicópteros voavam
E quanto eu entrei no metrô de Santa Cecília, vi uns cartazes
com fotos de 1918, que diziam: "São Paulo não pode parar!", é difícil
para quem já vinha de fora
e difícil para quem já está.
Dizem que a natureza poderia tomar conta de tudo em pouco
tempo, eu gostaria de ver mas acho que consigo imaginar...
... Pois posso ver pássaro carcomendo cimento, posso ver
trepadeiras abraçando e destruindo esse império...
Vim como muitos... Para dar certo
Torço para dar certo, minha vida se foi pra dar certo.
Mas não ligo se der tudo errado...a natureza sempre toma tudo que a gente acha que a gente achou que era nosso... Só espero que os pássaros vençam essa batalha.
"Vês a glória do mundo? É glória vã,
nada tem de estável, tudo passa!
Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa!"