sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Namárië

Série "Poesias e Devaneios", Nº 81

Ai! Como ouro caem as folhas ao vento,

longos anos inumeráveis como as asas das árvores!

Os longos anos se passaram como goles rápidos

do doce hidromel em salões altos

além do Oeste, sob as abóbadas azuis de Varda


Onde as estrelas tremem

na canção de sua voz, de santa e rainha.

Quem agora há de encher-me a taça outra vez?

Pois agora a Inflamadora, Varda, a Rainha das Estrelas,


Do Monte Semprebranco ergueu suas mãos como nuvens,

e todos os caminhos mergulharam fundo nas trevas;

e de uma terra cinzenta a escuridão se deita

sobre as ondas espumantes entre nós,


E a névoa cobra as joias de Calacirya para sempre.

Agora perdida, perdida para aqueles do leste está Valimar!

Adeus! Talvez hajas de encontrar Valimar!

Talvez tu mesmo hajas de encontrá-la! Adeus!


Grande Mestre Tolkien



"O mal não pode criar nada de novo, só pode corromper e arruinar o que as forças do bem inventaram ou fizeram."
J.R.R. Tolkien





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