"Poesias e Devaneios", Nº 152
Esperei muito tempo por isso. Muito!
Escrever para alguém… e, mais ainda, escrever tão à vontade, sem medos...
Não nego: por muito tempo, escrever foi, para mim, um cemitério de sentimentos e palavras.
Hoje, é um gesto de vida — e de amor.
Palavras, sozinhas, não conquistam nada. Mas sei o peso delas.
E eu jamais colocaria você em pauta nas minhas palavras se fosse para sepulcro profano literário. Jamais!
Você está viva em mim. Você vive em mim. Está pulsando em mim! Vive e Pulsa em mim!
Resolvi escrever sobre você porque "você é tudo o que pedi em silêncio e um pouco mais do que sabia merecer”. Li isso uma vez em algum lugar, e nunca fez tanto sentido como agora.
Nunca foi fácil. Nunca fomos. E talvez nunca sejamos. Mas é o sentido da vida, e imperativo biológico afinal!
Mas é justo que muito custe o que muito vale. Sempre pensei assim, sempre raciocinei assim… mas só agora compreendo a dimensão real do valor intrínseco das coisas.
Hoje, eu sei a diferença, não é sobre ouvir ou ler.
É sobre sentir — sentir na pele, nos atos.
E os atos, quase sempre, são fatalistas: obedecem a leis que não escolhemos, leis tão inexoráveis quanto as da física.
Mas é sobre isso: sentir.
Sentir e viver, de fato, um amor sólido.
Talvez o único maduro o suficiente para me fazer voar com os pés no chão.
Sim, sei que promessas são vãs sem solidez… mas o que temos não é promessa, é pacto. E agora eu sei que será.
E sobre carvão e diamante: são feitos da mesma substância: carbono.
O que os diferencia não é a matéria, mas a forma rara e preciosa que essa matéria pode assumir.
Assim também é com as palavras “eu te amo”: muitas vezes ditas, iguais na superfície, mas nem sempre carregam o peso, o brilho e a eternidade de um diamante.
E o SEU “eu te amo” é, para mim, um diamante.
E o SEU amor… é tudo o que me resta no Universo. E só!
Eu te amo.
Muito.
Eu....
Te amo!
Eu te amo, absolutamente, eu te amo!