"Poesias e Devaneios", Nº 121
Saudade virá, eu sei que sim,
Mas hoje não, ainda não chegou.
Vento no rosto, sopra, assim.
E o tempo, por ora, nem me tocou.
Ela virá, mas por enquanto, espero,
Sem pressa, sem dor rodear.
Cedo demais, e eu, sincero,
Nem ao menos tentei, me preocupar.
Não ainda liguei, memórias distantes,
Nem para os dias que já se foram.
Hoje só os momentos, que são errantes,
E não há, ainda espaços que choram.
Sei que a saudade virá, impiedosa,
Trazendo consigo o peso do tempo.
Mas por ora, a vida é leve e fogosa,
E a ausência não rouba meu alento.
Então deixo que o tempo corra por mim,
A saudade virá, mas não cedo assim.
Hoje sou leve, sem pensar no fim,
E o coração, por ora, nem sempre diz "sim".
e quem olha para as nuvens nunca colherá"
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