Série "Subversões Textuais", Nº 1
É algo que todos estão notando, praticamente toda massa tansa, mas não quer dizer que vai existir de fato, mas sim tem a ver com o quanto eu escancaro isso pra tudo e de todos. Quanto mais o tempo passa, mais aumenta o que posso descrever como uma "congelamento" dentro de mim, e mais diminui a graça em poder te perpetuar.
E a simples expectativa de ter você longe, de só de saber que você está na iminência de nunca nem mesmo trocar um olhar comigo? Me bate uma tranquilidade! É algo infantil, quase primitivo, sensação de que isso estou longe do perigo e do desprazer.
E cada vez que você estava, perto ou não, pode estar cada vez mais fraco dentro de mim, se for uma paixão utópica, ou mais forte, que consiste num desprezo, coisa extremamente comum de acontecer, você e você nunca aparecer nem na minha mente e nem mesmo no mesmo espaço físico que o meu, e fazendo meu coração ter calma, por consequência.
Você me olhou? Com os olhos olhava o que eu não sei bem, olhos de águas turvas e turbulentas, água parada, água ruim. Quem sabe seria sem você, que eu poderia ter todas as tardes, aqueles momentos sozinhos de meditação, que sempre me faltaram, como miragens, como invenção, tranquilas. Se eu não posso ter, eu fico imaginando, eu fico me perguntando, se as simples palavras, pois sei que são meras palavras, causam algum efeito sequer na sua conscientização.
Portanto tudo isso que eu não sinto, tudo é algo que mantém sem sentir, com meu consentimento.
Desculpa, não pude impedir. Desculpa mesmo, eu não tenho coração, eu vendi ele bem barato.
"Me despeço quantas vezes for necessário, se assim desejar..."