Série "Poesias e Devaneios", Nº 61
E a noite caiu!
Mais uma vez, é noite, é o escurecer... só me faz lembrar, quão só estamos...
Liberdade ou solidão? Plenitude? Solitude? Sim, já se tornou tudo isso...
Ninguém à vista, ninguém a amar, ninguém a odiar, e ninguém a chorar!
Amores, reais ou não, virtuais ou profanos, e nada real, nada salutar.
Juras ao vento, folhas sem direção.
Palavras ditas, telas vazias, papéis amassados, celular sem bateria, sentimento insensíveis, fingimentos, trapaças, dramas, traições, hedonismo, luxúria.
O nosso clichê, já em extinção, sem aperto de mão, sem boca a boca, sem o próprio coração!
Talvez todos nós somos sozinhos, até as pessoas mais acompanhadas são sozinhas, solidão é uma condição da vida, somos sozinhos dentro da nossa pele, dentro da nossa cabeça.
Aprendemos a gostar do vazio, sem cobrar a si mesmo, não tendo a necessidade explicar o inexplicável... restando apenas o grito da Minh 'alma, em meio ao silêncio e a satisfação plena circundante... de vazio.
Nossa doce e nobre alma, em silêncio lamenta, as vezes em fome de calor, outras em veisalgia de retiro. Um misto de "bem me quer e mal me quer".
Talvez a crença incondicional, que nenhuma das histórias tem um grande herói, e todos os heróis eram falsificações, sem esperar um amanhã, que na verdade não há!
Talvez o nosso grande herói, e nosso grande amor, todos esse símbolos, nem existam na prática, apenas como um desejo pueril, enquanto seguimos entretidos com o enorme caos interior dentro de cada um!
Mais uma vez, é noite, é o escurecer... só me faz lembrar, quão só estamos...
Por Aline Fernandes