Série "Poesias e Devaneios", Nº 55
O moço olha a locomotiva
Que o espera sem hesitar
O coração bate forte
Sem saber o que fazer
As lembranças vêm à tona
Das histórias que viveu
Mas o medo o impede
De seguir o que já conheceu
O trem apita impaciente
Chama para a viagem
O moço se sente pequeno
Diante dessa passagem
Mas algo nele desperta
E o faz dar o primeiro passo
Entra no trem sem olhar pra trás
Deixa o passado e o espaço
O destino agora é incerto
Mas o trem segue em frente
O moço confia na estrada
E se entrega ao que vem pela frente.
Por Graciela Camargo
Por Graciela Camargo