"Poesias e Devaneios", Nº 18
Salve o amor que a vida despedaça!
Embevecido, torpe e desgraçado
Amor febril, dor que nunca passa
Torturante sonho já sepultado
Salve a vida de eternos desenganos!
O ser parte de tudo, sem ser parte...
O ser estranho entre outros humanos
O viver na Terra ansiando a Marte!
E a solidão no cosmos que desejas
Já não é dura prisão, é liberdade
É o fugir das dores e das pelejas
A que a humana existência nos condena
Que ninguém ouse chama-me covarde!
Por buscar a existência mais plena
"Não sucumbirei, não irei me refugiar em nenhuma ilusão"
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